segunda-feira, 21 de outubro de 2013


Como praticar um copyright  justo e apropriado à comunidade universitária portuguesa?
Com o título “APEL queixa-se à ASAE de estudantes que partilham livros de medicina na Net“ a revista Exame Informático (que se publica em Lisboa), relata online, em 21/10/2013 11:09, que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)  fez queixa à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). de um grupo de alunos de medicina (CCFML2011 ou Comissão de Curso de 2011 da Faculdade de Medicina de Lisboa) estarem a disponibilizar edições digitais não-autorizadas num sitio que mantêm para apoiar os seus colegas. Esta noticia pode ser lida aqui.
Já há 3 comentários que discutem este assunto atual que considero particularmente importante: como transmitir, no mundo de hoje, o conhecimento científico preservando os direitos da propriedade intelectual dos autores?
Eu próprio tenho muitas dúvidas mas gostaria que houvesse um caminho considerado correto. Fico a aguardar ideias e propostas, que desde já agradeço.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Experiência como estudante do MPeL7 no Módulo de Ambientação

1 – Integrado no Mestrado Pedagogia do Elearning na sua 7ª edição (MPeL7) tive a oportunidade de participar num período de ambientação às ferramentas do ensino a distância (Mambo7). Este foi o meu primeiro contacto com o elearning profissional e as suas metodologias, neste caso o Modelo da Universidade Aberta de Lisboa.

2 – Para além da natural “confusão” de contactar com estas várias metodologias integradas num grupo de colegas e docentes, considero a experiência muito positiva. Preciso, no entanto, de tempo para interiorizar e automatizar muitas práticas e métodos.

3 – O aspeto mais relevante desta experiência foi a comunicação com o grupo através de Forum de Discussão. Todos os colegas parecem muito interessados (e interessantes) com antecedentes muito variados mas todos muito motivados. Sei que o MPeL7 irá ultrapassar as minhas expectativas iniciais.

4 – Uma crítica que quero fazer aos vários Forum (Fora?) em que participei, incluindo o Cibercafé, é a eficácia pedagógica deste tipo de meio. Fiz muita leitura em cada um dos Fora (e tentei participar ativamente em cada um deles) mas fiquei com a sensação que esta metodologia é menos eficaz do que esperaria. Por um lado há um certo grau de divagação (onde eu próprio fui conivente) e por outro lado algumas (muitas?) das intervenções fundamentam-se em conhecimento pessoal e como tal de qualidade informativa variável. Penso que há aqui um defeito meu. É como se tivesse passado a frequentar a 6ª classe quando deveria estar ainda na 2ª! Será assim?

5 – Como estudante muito sénior sinto (tenho sentido e vou continuar a sentir) dificuldades com as metodologias e ferramentas de comunicação, partilha e trabalho do elearning. Pela experiência passada sei que, em regra, os produtos educacionais (bem) pagos têm uma elevada qualidade na interface aplicação-utilizador, o que nem sempre se vê (e sente) nos softwares grátis. Para as novas gerações o problema coloca-se noutro patamar mas não devemos esquecer a sabedoria popular que diz que “burro velho não aprende línguas”. Eu acrescentaria: e quando as quer aprender necessita de outra pedagogia e de mais apoio e tempo.

6 – Voltando aos aspetos positivos desta ambientação (que foram muitos, pelo que agradeço a todos, à coordenadora infatigável e aos colegas amigos) ressalvo os pontos a reter como características fundamentais do estudante online:

      I.        Persistence;

    II.        Effective Time-Management Skills;

   III.        Effective and Appropriate Communication Skills;

  IV.        Basic Technical Skills;

   V.        Reading and Writing;

  VI.        Motivation and Independence;

 VII.        A Good Study Environment;

(Adaptado de What Makes a Successful Online Learner?
http://www.iseek.org/education/successonline.html - Acedido a 2013-10-08)

E ainda sobre a participação em Forum de Discussão:

      I.        Manter a discussão centrada nas questões em debate ou em análise;

    II.        Abrir um novo tema/tópico apenas quando se trata de um novo assunto;

   III.        Inserir as respostas às mensagens no ponto correto do fio de discussão;

  IV.        Usar os títulos das mensagens, incluindo nas respostas;

    V.        Evitar mensagens longas e que abordem muitos assuntos;

  VI.        Não incluir ficheiros em anexo;

 VII.        Aceder com a regularidade necessária a um acompanhamento e participação adequados;

VIII.        Procurar contribuir elaborando cada participação na própria mensagem, evitando imprimir e depois contribuir;

  IX.        Evitar chegar no final da discussão, pois as discussões têm um ritmo próprio, que é rápido, com a sua própria curva de aprendizagem.

(Regras para participar numa Discussão/Debate num Fórum de Discussão. Adaptado em 2013-10-12 por MGL de Lina Morgado - Sexta, 11 Outubro 2013, 09:57 http://elearning.uab.pt/mod/forum/discuss.php?d=12790)


7 - Em resumo no Mambo7 retirei como mensagens mais importantes:

7.1- As boas características do estudante tradicional (presencial) devem ser ampliadas no estudante online: a) os valores (ética) e a tolerância nas relações interpessoais e com o próprio, b) a disciplina, o rigor e a curiosidade em aceder à nova informação científica, c) a partilha e a interajuda entre cada estudante; d) a capacidade de comunicar de forma empática e eficaz, sempre disponível; e) a aprendizagem à frente do ensino, o estudante à frente do docente.

7.2 - O estudante online é tipicamente o adulto motivado com uma vida ativa, com elevada capacidade de gerir o seu tempo disponível, capaz de evitar o excesso de informação (identificando o conhecimento operativo), dominando bem a gestão do trabalho cooperativo;

7.3 - O estudante online tem acesso a ferramentas e metodologias do elearning que são fundamentais para desenvolver a aprendizagem ao longo da vida, o que não é possível com o processo de aprendizagem-ensino exclusivamente presencial.

8 – Como comentário final gostaria de lamentar a pouca utilização da oralidade nesta quinzena de ambientação. Esta forma de comunicação permitiu modelar a evolução da espécie humana durante dezenas de milénios. Seguiram-se os livros e equivalentes durante oito séculos. Nas últimas décadas as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vieram dar um extraordinário avanço à nossa capacidade de aprender e partilhar o conhecimento científico (e não só). Mas as TIC permitem utilizar a multimédia e a oralidade com uma facilidade e baixo custo que justificam a sua generalização.