domingo, 20 de abril de 2014

O Médico como Formador em Contexto Online

Temática #1 e Atividade 2 de PPEL7

Mario G. Lopes, #1300991 MPeL7

1 - O aumento da esperança média de vida em Portugal já ultrapassa os 80 anos de idade, pelo que atualmente há meio milhão de portugueses com ≥de 80 anos e dois milhões com pelo menos 65 anos de idade.

2 - As doenças cardiovasculares (DCV) são, em regra, doenças crónicas evolutivas com elevada prevalência nomeadamente entre os seniores (≥65 anos) e dispõem de variadas Janelas Terapêuticas que os doentes devem conhecer para poderem ajudar no controlo das suas patologias.

3 - Apesar de cada doente ser uma identidade clínica própria, específica e individual, há conceitos gerais que são essenciais para a Educação na Doença e que devemos divulgar.

4 - As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constituem ferramentas que permitem disseminar esse conhecimento em versões atrativas (por ex. em multimédia) e a custos razoáveis. Permitem ainda a personalização do conhecimento a enviar ao doente por cada médico-assistente desse mesmo doente. Por outro lado a desmaterialização do meio de comunicação permite um acesso global em qualquer momento (deixando de haver a questão: "onde é que guardaste aquelas indicações do nosso médico?”).

5 - De facto há informações (que são gerais) que se podem partilhar e publicar na Web. Outras que fazem parte da relação médico-doente que são privados e confidenciais. Neste último caso a partilha não deve/não pode ser realizada de forma aberta.

6 - O conhecimento essencial de cada doença (a que podemos designar como Conhecimento Operativo) deve estar acessível em linguagem e em comunicação não-verbal que sejam entendidas (e absorvidas) pelo doente e suas famílias.

7 – Cada médico (e enfermeiro e restante equipa de saúde) deve ter uma estratégia própria de comunicação com cada doente individual a propósito da(s) doença(s) que atinjam esse doente em concreto. Deve ser capaz de lhe explicar em termos que entenda as alternativas diagnosticas e terapêuticas que se colocam, bem como o prognóstico ou seja a quantidade e qualidade de vida que seja possível definir para o futuro.

8) Cada doente deve, sempre que possível, ser informado de forma apropriada da sua situação clínica de forma que possa dar o seu Consentimento Informado e Esclarecido às várias opções que lhe sejam oferecidas.

9) O conhecimento que se pretende coligir e publicar em formato digital será aberto (REA / OER) com código CC.

10) Por outro lado a literacidade digital dos doentes é, em regra, muito baixo, pelo que os recursos da Web 2.0 que sejam escolhidos tem de ser de simples aprendizagem, eventualmente com a ajuda da família ou estruturas de tipo ONG sem fins lucrativos ou ainda inseridas no SNS.

11) É pois necessário:

a – Escolher as ferramentas Web 2.0 mais apropriadas;

b – Escolher os conteúdos da Informação Médica a divulgar e a ordem da sua publicação;

c  – Devemos testar em populações –piloto, quer de pessoas aparentemente sãos (não-doentes) quer em doentes. Nestes grupos ter uma particular atenção à idade e à literacidade digital de cada doente (e de suas famílias);

d – Criar um mecanismo de retroacção que permita corrigir os erros e os insucessos encontrados, escolhendo as melhores opções.

e – Por fim (last but not the least) que métodos pedagógicos para esta aprendizagem-ensino online?